quarta-feira, 4 de julho de 2012

Identifique e denuncie


Foto da internet

As crianças ou adolescentes emitem vários sinais quando estão vivenciando alguma situação de violência, basta um pouco de atenção e sensibilidade para percebê-los. Ficar atento e buscar o diálogo são posturas que podem evitar uma situação de violência ou impedir sua repetição.
Para auxiliar no reconhecimento destes sinais, vamos rever estes sinais, os indícios físicos, comportamentais, desempenho escolar, sexuais e no uso da Internet que podem ajudar a identificar casos de violência e abuso sexual, estes sinais não devem ser considerados isoladamente, mas a ocorrência simultânea de vários deles pode sugerir uma situação de violência. São indicativos:

Comportamentais:
  • Tristeza, apatia, abatimento profundo ou depressão crônica;
  •  Pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso;
  • Medo de ficar sozinho(a) com alguém ou em algum lugar;
  • Mudanças extremas, repentinas e inexplicáveis de comportamentos e humor;
  • Regressão a comportamentos infantis como por exemplo chupar dedos, enurese (incontinência de urina), choro excessivo sem causa aparente;
  • Mudança de hábito alimentar perda de apetite (anorexia) ou excesso de alimentação (obesidade);
  • Baixa auto-estima;
  • Culpa e autoflagelação;
  • Ansiedade generalizada, dificuldades de concentração, estado de alerta constante, fadiga;
  • Aversão ao contato físico;
  • Tendência ao isolamento social.
  • Frequentes fugas de casa e/ou ausência do convívio familiar;
  • Envolvimento com drogas;
  • Tentativa de suicídio.
Físicos: 
  • Roupas rasgadas ou com manchas de sangue;
  • Hemorragia vaginal ou retal;
  • Secreção vaginal ou peniana;
  • Dificuldade para caminhar;
  • Queixas constantes de gastrite e dor pélvica;
  • Hematomas, edemas e escoriações na região genital, anal e mamária;
  • Infecções/doenças sexualmente transmissíveis;
  • Dificuldade para defecar;
  • Gravidez precoce.
 Indicativos no comportamento sexual:   
  • Interesse precoce por brincadeiras sexuais e/ou erotizadas;
  • Masturbação compulsiva;
  • Relatos de agressões sexuais;
  • Desenho de órgãos genitais com detalhes e características, além de sua capacidade etária;
  • Conduta sedutora;
  • Piadas, histórias, músicas incompatíveis com sua faixa etária;
Ao usar a Internet:
  • A criança fica horas on-line;
  • Pode diminuir o interesse por outras atividades sociais, preferindo sempre o computador;
  • Age como se estivesse sempre querendo esconder o que esta vendo na net;
  • Demonstra que conheceu alguém, mas não fala muito sobre essa pessoa, parecendo querer esconder informações;
  • Mudanças repentinas no comportamento da criança.
Mudanças na frequência e desempenho escolar:
  • Assiduidade e pontualidade exagerada;
  • Queda injustificada na frequência escolar;
  • Pouco ou nenhuma participação nas atividades escolares;
  • Dificuldade em concentração e aprendizagem;
  • Presença e/ou permanência exagerada na escola;
  • Ausência exagerada na escola;
  • Apego exagerado ao professor.


Lei Federal nº 8.069/90
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.


Conselho Tutelar Gravataí: 08005100040 


Denunciar é um dever de todos, em caso de desconfiança de abuso, negligência ou violência sexual deve ser comunicado para o Conselho Tutelar ou Disque 100.


sábado, 28 de abril de 2012

Cotidiano do meu trabalho


O trabalho de Conselheira Tutelar não é fácil, felizmente foi exigida uma preparação psicológica para que possamos lidar com as mais adversas situações. Às vezes sou cobrada por não divulgar o meu trabalho, porém, não é divertido contar que crianças têm surtos dentro da sala de aula e precisam ser contidas, as mesmas que deveriam estar brincando no recreio, acabam sendo levadas para avaliação psiquiátrica. Crianças ou adolescentes são abusadas pelos pais, avós ou padrastos, aqueles que deveriam  protegê-las. Bebês que morrem por causa da falta de UTI Neonatal. São tantas as situações de risco e negligência que  precisaria de muito tempo para descrevê-las. Então amigos, devemos agradecer e reconhecer quando encontramos pessoas dispostas para auxiliar, dividir os problemas e tentar solucioná-los. Lutar por um mundo justo e melhor é responsabilidade de todos, porém a maioria deseja somente usufruir do bom e não lutar por ele. 

A dureza do meu trabalho é amenizada pelo apoio de pessoas capacitadas e de boa vontade.


Agradeço a parceria com a Secretaria Municipal para Assuntos de Segurança Pública e da Guarda Municipal, na pessoa do Secretário Marco Rocha, pois tive apoio sempre que necessitei para cumprimento das minhas atribuições de Conselheira Tutelar.



A educação também em direito a ser defendido e  mesmo diante das  muitas dificuldades encontradas pelo atual gestor, sempre aberta ao dialogo, tenta resolver os problemas aos quais demando quase que diariamente para eles, por isso agradeço ao Professor Mario Sá e demais servidores da Secretaria Municipal de Educação.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Unidos no combate a violência escolar


Na tarde do dia 18 de abril, a conselheira tutelar Lidiângela Maia visitou o vereador Marcio Souza (PV) em seu gabinete. A conselheira expôs sua preocupação com a incidência de Bullying nas escolas, demonstrando interesse na ampliação da campanha “Bullying não é brincadeira” nas instituições de ensino da Cidade. O vereador Marcio Souza se dispôs a trabalhar em conjunto com a conselheira tutelar Lidiângela, bem como disponibilizar o material da campanha e toda a estrutura de seu gabinete no apoio as ações e palestras na prevenção e combate a violência escolar.


Texto e foto:
http://marciosouzavereador.blogspot.com.br/

domingo, 15 de abril de 2012

Campanha Bullying não é brincadeira fará um ano.


Este material faz parte da Campanha Bullying não é brincadeira, violência escolar não tem graça, lançada pelo Vereador Marcio Souza em 2011, que também apresentou a Lei nº.2.985/2010 que dispõe sobre a inclusão de política específica anti-violência e discriminação entre iguais no âmbito escolar (anti-bullying), de caráter preventivo nas escolas da cidade de Gravataí, públicas e privadas, incluindo as pré-escolas e as creches conveniadas. A lei foi aprovada em 04/05/2010.




 







quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Pais, seus filhos podem estar sofrendo ou praticando cyberbullying.


Quem algum dia já passou pela escola, com certeza se lembra do terrível bullying, intimidação ou comportamento agressivo com o intuito de humilhar algum colega. O termo inglês bullying, deriva de “valentão”, não possui tradução possível para o português, e engloba todo tipo de agressão ou intimidação com o intuito de humilhar uma pessoa. Quem não sofreu bullying certamente se lembra de algum colega que sofreu.
Apesar de ser um termo novo no Brasil, o bullying não é atual e não acontece somente na escola, também é encontrado nas universidades, no ambiente de trabalho e na vizinhança, porém, sendo mais comum entre os adolescentes. A má notícia é que essa forma de intimidação transpôs as barreiras das escolas e chegou ao meio virtual, com o nome de cyberbullying.

Agressores se escondem no anonimato
Uma das diferenças do cyberbullying é a suposta vantagem que o agressor possui pelo anonimato que a Internet pode oferecer. A preocupação de professores e famílias reside no fato de que os insultos virtuais podem se espalhar rapidamente, contaminando todas as pessoas que conhecem a vítima.
Na Internet, as calúnias circulam através de redes sociais, e-mails, vídeos, blogs e fotologs, mensageiros instantâneos, entre outros, com uma velocidade muito maior do que teriam fora do mundo virtual. Os insultos podem assumir a forma de calúnias, ofensas, perseguições, rumores, boatos maldosos e imagens forjadas sobre a vítima.
É possível alguém espalhar e-mails e mensagens instantâneas fazendo-se passar por outra pessoa, insultando e disseminando intrigas e fofocas. A principal rede de relacionamentos acessada no país, o Orkut, é utilizada para expor pessoas de forma vexatória, através de comunidades ofensivas, divulgação de fotografias ou vídeos feitos sem o consentimento da vítima, entre outros.
Além das ofensas direcionadas a outros colegas, também há comunidades e tópicos criados nas redes de relacionamento, manifestando repúdio às autoridades da escola e professores, utilizando palavras de baixo calão e xingamentos. As escolas podem identificar e punir os alunos envolvidos.
O cyberbullying em jogos on-line pode ser detectado em jogos como o Counter Strike, quando alguém envia intencionalmente mensagens hostis a outro jogador ou perturba a sua participação no jogo. Há casos em que um jogador ataca os inimigos que outro jogador está tentando matar, impedindo-o de avançar no jogo, atitude conhecida como roubo de presas.

Atenção, pais! De olho no acesso à Internet
A maioria das escolas não permite o acesso a sites de relacionamento e chats nas dependências dos laboratórios de informática, mas não tem controle sobre o uso que os alunos fazem fora do ambiente escolar.
Portanto, se os filhos acessam a Internet em casa, cabe aos pais monitorar o seu acesso à rede mundial de computadores.
É muito importante que os pais consigam detectar se seus filhos podem ser vítimas ou até mesmo praticantes de cyberbullying, para evitar a reincidência desse tipo de comportamento ou auxiliar o adolescente a lidar com a situação.
Monitore o acesso que seus filhos fazem na Internet mantendo, por exemplo, o computador em um local da casa de grande circulação.

 Cuidado com a privacidade
Assim como fora do mundo virtual, dentro da Internet os cuidados com exposição pessoal devem ser muito grandes. A divulgação de telefones, e-mails e endereços devem ser evitados, assim como a exposição de fotografias e vídeos pessoais. Quem se expõe demais na Internet corre mais risco de ser alvo de ofensas e piadas maldosas.
Existe uma série de sites e blogs dedicados à exposição das chamadas “pérolas” dos sites de relacionamento, onde muitas vezes as personalidades não são preservadas e as vítimas se tornam motivo de piada rapidamente. Em sites de relacionamento, evite divulgar fotografias ou vídeos seus e de sua família, ou se divulgar, apenas para pessoas nas quais confia.
Para proteger suas fotografias no Orkut, por exemplo, você pode alterar a privacidade das imagens,   restringindo seus álbuns para serem vistos apenas pelas pessoas que estão adicionadas ao seu perfil, ou até mesmo somente pessoas que você escolher.
Basta clicar no botão “Alterar” abaixo do nome de cada álbum seu do Orkut, e escolher os amigos ou grupos com quem deseja compartilhar suas fotografias. Quem não estiver dentro desse grupo não verá seu álbum.
Tome muito cuidado com seus logins e senhas de e-mails, mensageiros instantâneos como o Windows Live Messenger e redes como o Orkut, não divulgue nem os empreste para ninguém. Evite conversar com alguém pela Internet quando estiver com raiva, pois você pode falar coisas das quais se arrependerá mais tarde.

O que fazer quando acontecer o cyberbullying?
O primeiro fato que deve ser ressaltado é que o anonimato na Internet não é absoluto. Todos os computadores conectados à rede mundial possuem um número que pode ser rastreado, o seu IP. Mesmo se o acesso for feito através de uma lan house, caso a mesma possua registro dos usuários, será possível identificar o agressor.
Quem sofreu agressão através da Internet pode preservar o maior número de provas possíveis, tirando, por exemplo,  screenshots das telas com e-mails, mensagens ou fotografias ofensivas.
Essa etapa é muito importante, pois o dinamismo da Internet permite que o conteúdo possa ser tirado do ar ou ser mudado de endereço a qualquer momento.
Quem se sentir ofendido com alguma coisa publicada na Internet pode fazer uma notificação ao prestador de serviço de conteúdo, para que o conteúdo ofensivo possa ser tirado do ar, porém, preservando as provas dos insultos.

Em jogos on-line...
A maioria dos jogos on-line, como MMORPGs, possui um Game Master ou Admin, alguém que fica responsável por zelar pela harmonia entre os usuários e auxiliá-los em caso de problemas técnicos ou com outros jogadores. Se você se sentir prejudicado ou ameaçado por outro jogador, contate o Game Master e avise-o sobre o problema.
O agressor pode ser punido ou até mesmo banido do jogo em questão. Lembre-se de manter sua privacidade ao acessar esse tipo de jogo, não divulgando seus dados pessoais para os outros jogadores. Existem relatos em todo o mundo de jogadores que já sofreram ameaças em jogos on-line que já se tornaram casos reais de polícia.

No Orkut...
O Orkut possui uma política para evitar ofensas e agressões, que funciona através de um mecanismo para denúncia de abusos. Porém, como a ocorrência de problemas é grande, a filtragem do conteúdo não é efetiva. Caso você tenha tido problemas no Orkut, recomenda-se que a página “Centro de Segurança”, na barra inferior do site, seja lida atentamente.
Se o conteúdo for considerado prejudicial, perigoso ou ofensivo, o Orkut pode retirar o material do ar e manter sigilo sobre as denúncias feitas. Vale lembrar que o site argumenta ser impossível o controle de todo o material veiculado pelos usuários.
O agressor pode ser punido ou até mesmo banido do jogo em questão. Lembre-se de manter sua privacidade ao acessar esse tipo de jogo, não divulgando seus dados pessoais para os outros jogadores. Existem relatos em todo o mundo de jogadores que já sofreram ameaças em jogos on-line que já se tornaram casos reais de polícia.


O Orkut afirma, porém, graças à grande incidência de denúncias, que se esquiva de analisar alguns casos e que o conteúdo será removido somente mediante ordem judicial, que inclui ataques pessoais ou difamação, imagens ou linguagem chocante ou repulsiva e casos de textos depreciativos de ordem política ou social.
Se o caso for muito grave, com as provas em mãos, procure uma Delegacia de Polícia para ter orientações de como agir para registrar um boletim de ocorrência. Em muitas capitais do Brasil, a Polícia Civil possui divisões de combate aos crimes virtuais.