domingo, 19 de agosto de 2012

Bullying e Ciberbullying


Bullying é o termo que significa humilhar, constranger, ofender, perseguir e difamar. Esse desvio de comportamento parte de um agressor que faz com que o seu alvo receba abusos morais ou físicos.

Desenho de Tânia Ruosas
O caso se torna mais grave quando a vítima se afasta do convívio social, cria desinteresse aos estudos e ao trabalho e é abalada profundamente em sua auto-estima, devido aos insultos pejorativos que recebe.
Com os avanços da tecnologia, esse constrangimento partiu para internet e ganhou força. A nova prática recebeu o nome de “Cyberbullying” e se infiltrou em correios eletrônicos, blogs, Orkut, MSN , Facebook e outros.
 O agressor nesse caso, muitas vezes escondido atrás de um apelido, dissemina sua raiva e felicidade enviando mensagens ofensivas a outras pessoas. Em muitos casos, ele exibe fotos comprometedoras, altera o perfil das vítimas e incita terceiros a reforçar o ataque. O único propósito é a humilhação da vítima e isolamento daquele que é considerado mais fraco ou diferente.
Psicólogos explicam que o agressor precisa derrubar alguém para se sentir forte, ser mais popular no grupo, obter o lugar da vítima no trabalho e esconder suas próprias fraquezas através de seus ataques.
O agressor quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência.
O mais grave dessa situação é a vítima, que na maior parte das vezes, não sabe como reagir. As conseqüências são isolamento, sofrimento solitário sem qualquer busca de ajuda.


domingo, 29 de julho de 2012

Formação da Guarda Municipal de Gravataí

Com temáticas como ética, cidadania e direitos humanos, focados em segurança pública, a Guarda Municipal realiza, desde maio, Curso de Requalificação Anual. Dando continuidade à formação, a Coordenadoria de Ensino da Guarda Municipal começou, nessa semana, a requalificação da quarta turma de oficiais. A meta da Coordenadoria é a requalificação de 189 servidores até o mês de setembro deste ano. Os guardas estão sendo divididos em turmas de 18 alunos, para que sua participação na formação não influencie nas atividades ostensivas de segurança no município. Dentro do tema de direitos humanos, fui convidada a falar sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e do dia a dia como Conselheira Tutelar, trocando informações e experiência com o trabalho da Guarda Municipal, ao qual considero uma parceira para execução das atribuições do Conselho Tutelar. Todos estavam interessados e a aula foi ótima, ao final tive a sensação de dever cumprido.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Identifique e denuncie


Foto da internet

As crianças ou adolescentes emitem vários sinais quando estão vivenciando alguma situação de violência, basta um pouco de atenção e sensibilidade para percebê-los. Ficar atento e buscar o diálogo são posturas que podem evitar uma situação de violência ou impedir sua repetição.
Para auxiliar no reconhecimento destes sinais, vamos rever estes sinais, os indícios físicos, comportamentais, desempenho escolar, sexuais e no uso da Internet que podem ajudar a identificar casos de violência e abuso sexual, estes sinais não devem ser considerados isoladamente, mas a ocorrência simultânea de vários deles pode sugerir uma situação de violência. São indicativos:

Comportamentais:
  • Tristeza, apatia, abatimento profundo ou depressão crônica;
  •  Pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos, suores, provocados pelo terror de adormecer e sofrer abuso;
  • Medo de ficar sozinho(a) com alguém ou em algum lugar;
  • Mudanças extremas, repentinas e inexplicáveis de comportamentos e humor;
  • Regressão a comportamentos infantis como por exemplo chupar dedos, enurese (incontinência de urina), choro excessivo sem causa aparente;
  • Mudança de hábito alimentar perda de apetite (anorexia) ou excesso de alimentação (obesidade);
  • Baixa auto-estima;
  • Culpa e autoflagelação;
  • Ansiedade generalizada, dificuldades de concentração, estado de alerta constante, fadiga;
  • Aversão ao contato físico;
  • Tendência ao isolamento social.
  • Frequentes fugas de casa e/ou ausência do convívio familiar;
  • Envolvimento com drogas;
  • Tentativa de suicídio.
Físicos: 
  • Roupas rasgadas ou com manchas de sangue;
  • Hemorragia vaginal ou retal;
  • Secreção vaginal ou peniana;
  • Dificuldade para caminhar;
  • Queixas constantes de gastrite e dor pélvica;
  • Hematomas, edemas e escoriações na região genital, anal e mamária;
  • Infecções/doenças sexualmente transmissíveis;
  • Dificuldade para defecar;
  • Gravidez precoce.
 Indicativos no comportamento sexual:   
  • Interesse precoce por brincadeiras sexuais e/ou erotizadas;
  • Masturbação compulsiva;
  • Relatos de agressões sexuais;
  • Desenho de órgãos genitais com detalhes e características, além de sua capacidade etária;
  • Conduta sedutora;
  • Piadas, histórias, músicas incompatíveis com sua faixa etária;
Ao usar a Internet:
  • A criança fica horas on-line;
  • Pode diminuir o interesse por outras atividades sociais, preferindo sempre o computador;
  • Age como se estivesse sempre querendo esconder o que esta vendo na net;
  • Demonstra que conheceu alguém, mas não fala muito sobre essa pessoa, parecendo querer esconder informações;
  • Mudanças repentinas no comportamento da criança.
Mudanças na frequência e desempenho escolar:
  • Assiduidade e pontualidade exagerada;
  • Queda injustificada na frequência escolar;
  • Pouco ou nenhuma participação nas atividades escolares;
  • Dificuldade em concentração e aprendizagem;
  • Presença e/ou permanência exagerada na escola;
  • Ausência exagerada na escola;
  • Apego exagerado ao professor.


Lei Federal nº 8.069/90
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.


Conselho Tutelar Gravataí: 08005100040 


Denunciar é um dever de todos, em caso de desconfiança de abuso, negligência ou violência sexual deve ser comunicado para o Conselho Tutelar ou Disque 100.


sábado, 28 de abril de 2012

Cotidiano do meu trabalho


O trabalho de Conselheira Tutelar não é fácil, felizmente foi exigida uma preparação psicológica para que possamos lidar com as mais adversas situações. Às vezes sou cobrada por não divulgar o meu trabalho, porém, não é divertido contar que crianças têm surtos dentro da sala de aula e precisam ser contidas, as mesmas que deveriam estar brincando no recreio, acabam sendo levadas para avaliação psiquiátrica. Crianças ou adolescentes são abusadas pelos pais, avós ou padrastos, aqueles que deveriam  protegê-las. Bebês que morrem por causa da falta de UTI Neonatal. São tantas as situações de risco e negligência que  precisaria de muito tempo para descrevê-las. Então amigos, devemos agradecer e reconhecer quando encontramos pessoas dispostas para auxiliar, dividir os problemas e tentar solucioná-los. Lutar por um mundo justo e melhor é responsabilidade de todos, porém a maioria deseja somente usufruir do bom e não lutar por ele. 

A dureza do meu trabalho é amenizada pelo apoio de pessoas capacitadas e de boa vontade.


Agradeço a parceria com a Secretaria Municipal para Assuntos de Segurança Pública e da Guarda Municipal, na pessoa do Secretário Marco Rocha, pois tive apoio sempre que necessitei para cumprimento das minhas atribuições de Conselheira Tutelar.



A educação também em direito a ser defendido e  mesmo diante das  muitas dificuldades encontradas pelo atual gestor, sempre aberta ao dialogo, tenta resolver os problemas aos quais demando quase que diariamente para eles, por isso agradeço ao Professor Mario Sá e demais servidores da Secretaria Municipal de Educação.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Unidos no combate a violência escolar


Na tarde do dia 18 de abril, a conselheira tutelar Lidiângela Maia visitou o vereador Marcio Souza (PV) em seu gabinete. A conselheira expôs sua preocupação com a incidência de Bullying nas escolas, demonstrando interesse na ampliação da campanha “Bullying não é brincadeira” nas instituições de ensino da Cidade. O vereador Marcio Souza se dispôs a trabalhar em conjunto com a conselheira tutelar Lidiângela, bem como disponibilizar o material da campanha e toda a estrutura de seu gabinete no apoio as ações e palestras na prevenção e combate a violência escolar.


Texto e foto:
http://marciosouzavereador.blogspot.com.br/